terça-feira, 25 de julho de 2017

Foto Memória de Macapá: O Pioneiro José Figueiredo de Souza - Savino

José Figueiredo de Souza - Savino
Foto: Reprodução / Do site selesnafes.com
O Pioneiro JOSÉ FIGUEIREDO DE SOUZA – “SAVINO”, natural de Terra Santa, distante oito horas de barco da sede de Óbidos, no estado do Pará, veio ao mundo num sábado, em 15 de maio de 1937.
Savino teve uma infância cheia de dificuldades. Primeiramente, foi doado pelos pais Lourenço e Elza, para o tio Brito Souza, que residia em Terra Santa.  O tio, por sua vez, passou a guarda da criança para os italianos João Nepomuceno Pereira e Mafalda Trieste Savino, sob condição de que ficassem com a criança, mas não poderiam sair de Óbidos. O compromisso não foi cumprido, e poucos anos depois, sorrateiramente, o casal de italianos saiu de Óbidos para Belém do Pará. Ali ficou por pouco tempo, até se mudar para Macapá, estabelecendo-se com a casa comercial “Ganha pouco”, na esquina da Rua São José com a avenida General Gurjão. O “Savino” veio da mãe adotiva que tinha esse sobrenome.
Depois a mãe Mafalda foi acometida de tuberculose. Por recomendação médica, a família - que já tinha outros filhos - foi aconselhada para que se mudasse para a cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde existia um hospital de referência em tratamento para aquele mal. Savino, o adotado, já adolescente ficou em Macapá, sob a guarda de Mestre Humberto, um homem chegado a amparar infantes em situação de risco social. Sua família, nunca mais regressou ao Amapá.
Em Macapá cursou o ensino primário na Escola Barão do Rio Branco, o ginasial no Colégio Amapaense e o curso técnico em contabilidade no Colégio Comercial do Amapá.
Graduou-se em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e especializou-se em natação e educação física pela Fundação Getúlio Vargas.
Seu primeiro emprego foi como bolsista da Divisão de Produção do então Território do Amapá, no governo de Janary Nunes. Nessa atividade, ajudou no plantio das primeiras mangueiras na Av. Iracema Carvão Nunes e na praça Barão do Rio Branco.
Na década de 60, ainda estudante, foi presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Comercial do Amapá e da UECSA – União dos Estudantes Secundaristas do Amapá.
Em 1965, juntamente com um grupo de amigos, funda A Banda, que se tornaria anos depois o maior bloco de rua da região norte. Engajado e combativo ativista político contra o regime militar, nos anos de chumbo, chegou a ser preso na Fortaleza de São José, junto com Amauri Farias e Elfredo Távora. Foi levado ao DOPS, para prestar esclarecimentos e depois solto por intervenção do bispo de Macapá, Dom Aristides Piróvano. Após esses fatos, viajou para o Rio de janeiro para se especializar em educação física, sua grande paixão e atividade esta que, estaria diretamente vinculada a sua vitoriosa carreira como educador e desportista.
De volta ao Amapá, no início dos anos 70, já graduado em Educação Física, vai trabalhar como assistente do professor Irineu da Gama Paes e monitor nas escolas Azevedo Costa e Castelo Branco nessa disciplina. Devido à sua dedicação e desempenho na atividade, é convidado pelo secretário de educação à época, Geraldo Leite para estruturar a Divisão de Educação Física do então Território do Amapá. Sempre atuante na área, é nomeado coordenador do curso para formação de Monitores de Educação Física por Ivanhoé Gonçalves Martins, governador à época.
José Figueiredo, ainda exerceu o cargo de Secretário executivo de educação na gestão da professora Elza Brandão. Foi membro do Conselho de Cultura e também de Educação.
A convite de Homero Platon, delegado do SESI no Amapá, vai ministrar aulas de educação física. Nessa instituição, ascende ao cargo máximo de superintendente, e pela brilhante atuação nessa função, é nomeado para Coordenador das Superintendências do SESI na região norte.
Em meados da década de 70, criaria o Copão da Amazônia de Natação, competição esta que, reunia a nata dos nadadores da região.
Entre outras atividades esportivas, foi também árbitro de futebol.
SAVINO retirou-se da vida pública na década de 90, com relevantes serviços prestados ao desporto e à educação do Estado.
José Fiqueiredo de Souza, é um homem realizado. Casado há 49 anos com a professora  Zulma, uma católica praticante, tem os filhos Heldio, engenheiro e Helder, advogado, além da querida Sacha. Fora do casamento Savino tem também o filho advogado Marcelo.
JOSÉ FIGUEIREDO DE SOUZA, por esses feitos, foi justamente homenageado como um notável edificador pelo Memorial Amapá.
(Última atualização às 23h45min)
Fontes consultadas: Memorial Amapá e Revista Diário

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