segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um Pioneiro da Saúde do Amapá: Farmacêutico Rubim Aronovitch

(Foto: Reprodução de livro)
Pioneiro da Saúde do Amapá – Rubim Brito Aronovitch era natural de Belém, Estado do Pará, onde nasceu no dia 9 de dezembro de 1905, filho de Salomão Randu Aronovitch e D. Lurença Brito Aronovitch.
Farmacêutico, formado pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Pará no ano de 1948 e inscrito no Conselho Regional de Farmácia sob o nº 265.
Logo após a formatura viajou para o ex-Território do Federal do Amapá e no dia 14 de fevereiro de 1949 ingressou no quadro de funcionários do governo na carreira de farmacêutico.
Assumiu a função de chefe de Farmácia da Unidade Sanitária Mista de Macapá. Foi professor de Farmacologia do 1º e 2º curso de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Geral de Macapá, nos anos de 1949 a 1951. Assumiu a função de professor da Escola Normal de Macapá, lecionando nas cadeiras de Higiene, Ciências Naturais, Física, Química e Biologia nos anos de 1955 a 1962. Professor de Farmacologia do 1º curso de Atendentes do Hospital Geral de Macapá. Foi secretário da Comissão Territorial de Entorpecentes e da Subcomissão de Alcoolismo em 1959. Fundador do Centro de Estudos Dr. Lélio Silva, do Hospital Geral em 1949. Representou o Secretário de Saúde do Amapá no Seminário promovido pela ONU em 1957 e participou de quatro congressos e convenções no período de 1954 a 1959. Era de uma dedicação total à função que exercia e não parava de estudar e aprimorar seus conhecimentos. Participou dos cursos de Radioquímica em 1970; Doenças Tropicais em 1971; Pneumologia em 1972; Controle de Estabilidade de Medicamentos em 1972; Medicina, Higiene e Sexologia Forense em 1973; Medicina Legal em 1973; Toxicologia em 1974 e Saneamento de Água em 1974. Foi um dos fundadores da Associação de Farmácia e Bioquímica do Amapá no ano de 1959 e teve uma participação ativa como sócio da Associação Brasileira de Farmácia e na Associação de Farmacêuticos e Bioquímicos do Pará.
Nomeado em 1972 delegado regional de Farmácia de Macapá demorando 8 anos nesse cargo. Rubem Brito Aronovitch, descendente de russo, fez do Amapá sua morada, participando dos eventos sociais, esportivos e políticos. Casou-se com D. Odacy que lhe deu a filha Lúcia. Era um ― gozador inveterado com aqueles com quem tinham uma ligação íntima e em troca seus amigos faziam piadas a respeito da velocidade com que andava em seu carro, que nunca ultrapassava de 30 km.
Depois de aposentado transferiu-se para Belém.
Após sua morte o farmacêutico Rubim Aronovitch - em homenagem póstuma à sua memória - teve seu nome perpetuado na Unidade Básica de Saúde do bairro Santa Inês, na orla do rio Amazonas, em Macapá.
(Fonte: Texto e foto extraídos do livro Personagens Ilustres do Amapá Vol.III, de Coaracy Barbosa - não impresso - via APES)
Nota do editar:
Detalhe histórico - Particularmente, ainda tenho em mente a figura desse grande homem que foi "Seu" Rubim Aronovith.
Durante mais de 20 anos em que morei na casa 52 da Av. Presidente Vargas, no centro de Macapá tive o privilégio e a felicidade de ser vizinho de rua de "seu" Rubim e de sua esposa Odacy (Dona Dadá)(ambos falecidos).
Nas poucas vezes em que pude conversar com ele, deu pra conhecer seu caráter e sua dedicação por tudo aquilo que fazia.
Apesar de seu espírito gozador - como descrito em sua biografia - não deixava de ser um homem sério e bastante responsável. Era um cidadão de palavra.
Um outro detalhe que testemunhei, muitas vezes, foi sua atuação como motorista de seu carro que assemelhava-se a um "fusquinha" mas que era veículo de 2ª mão importado, que ele havia comprado de seu grande amigo Sr. Ubirajara Coutinho, que morava na Vivenda Izabel - uma residência diferente das outras por ter o  estilo de telhado em forma de pirâmide (como os das casas das regiões que têm neve), na antiga rua José Serafim hoje Tiradentes entre as avenidas Presidente Vargas e Cel. Coriolano Jucá, ao lado da extinta Padaria São José do Sr. Sandoval (Sandó) e quase em frente à Assembleia de Deus. Acredito que ainda hoje essa casa possa ser vista no local, conservando sua arquitetura original.
Para dar uma ideia do veículo que ele tinha, encontrei na internet um modelo semelhante ao carro que ele usava (veja a foto abaixo).
(Foto: Reprodução da internet)
O que seus amigos contavam era realmente verdade ele não desenvolvia, nas ruas da cidade, mais do que 20 quilômetros em seu veículo, e só o usava para ir ao trabalho ou à casa de amigos mais chegados.
Tinha mais um detalhe folclórico: ele não sabia sair de marcha à ré com o veículo da garagem.
Quando não podia contar com a ajuda de algum vizinho habilitado, ele olhava na rua e se não viesse nenhum carro, colocava o veículo em ponto "morto" e o empurrava do interior da garagem para a rua sem ninguém dentro.
Ele realmente era super metódico.
Uma figura inesquecível! (João Lázaro)
Se alguém se lembrar dele, por favor deixe seu comentário abaixo.

4 comentários:

  1. Olá, João. De volta, para também render minha homenagem ao Dr. Rubim Aronovitch. Puxando pelos arquivos poderosos da memória, lembrei-me que em julho e agosto de 1973 - eu estava recém casado - participei com outros professores e médicos do curso de Medicina Legal e de Sexologia Forense, tendo como preletor o extraordinário Dr. Alfredo Machado, do Instituto Médico Legal de Belém.Com direito a diploma. Algumas vezes tinhamos que empurrar o carro do Dr. Aronovitch, na gozação. Amigo, grande abraço.

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  2. Olá Lindoval...bom lhe ver por aqui novamente!
    Obrigado por seu testemunho sobre nosso grande homenageado, e amigo, Rubim Aronovitch.
    grande abraço, amigo.

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  3. João, Dr. Rubim foi chefe da minha mãe Beatriz na farmácia do Hospital Geral. Lembro de uma vez, quando ainda menor, viajei pra Belém na companhia dele e da esposa. Lá eles me levaram na casa dos meus parentes. Abraços!!

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  4. Minha mãe chegou a morar na casa do seu Rubin e dona Dadá

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